Simulação do crime foi realizada durante a noite desta terça-feira (5).
Jovem foi atropelada há quatro meses. Motorista fugiu sem prestar socorro.
A reconstituição do atropelamento da jovem Ana Carolina Cópia aconteceu na noite desta terça-feira (5), em Santos, no litoral de São Paulo. Participaram da reconstituição o colega de trabalho que estava com ela na hora do acidente e testemunhas que ajudaram a socorrer a vítima. O motorista acusado de ter atropelado a jovem e fugido sem prestar socorro não foi intimado, segundo o advogado, e, portanto, não compareceu. Amigos e a mãe de Ana Carolina, que morreu no acidente, acompanharam a ação de longe.
A reconstituição aconteceu na rua Governador Pedro de Toledo, local onde a jovem foi atropelada na noite do último dia 23 de setembro. Peritos da polícia científica recriaram a cena com um carro e uma bicicleta, que o amigo da vítima conduzia na hora do acidente. A jovem corria em direção à bicicleta do colega quando foi atingida pelo carro.
Durante a ação, o amigo da vítima Renato Spedo, ficou bastante nervoso e, chegou a ficar trêmulo ao reviver a cena. “Foi muito triste reviver tudo isso. Às vezes eu passo pela rua porque é perto do meu trabalho. Mas hoje fiquei nervoso. Sei que ao voltar para casa sozinho vou ficar com isso na minha cabeça, lembrando da noite do acidente”, afirma Renato.
Renato Spedo auxiliou a polícia mostrando como tentou reanimar Ana Carolina, que segundo ele teve convulsões após o atropelamento. Ele mostrou também que procurou um celular dentro da mochila da vítima. A polícia também contou com o apoio de três testemunhas, que ajudaram Renato a localizar um celular e chamar os bombeiros.
A ação durou cerca de 30 minutos e, segundo o advogado da família da vítima, Eugênio Malavasi, a reconstituição dá uma dinâmica para o caso. “A reprodução simulada dos fatos dá uma dinâmica melhor a respeito do acontecido, fato este que ao final da análise de toda a prova de inquérito policial será relatado com a reprodução e com o laudo do DNA do material recolhido, para que o Ministério Público forme a opinião do delito. "Nós esperamos que o Ministério Público forme a opinião como dolo eventual, para que ele seja responsabilizado a título de dolo e esse caso será levado a júri popular”, afirma o advogado.
Para a mãe da vítima, Gláucia Cópia, a presença dela na reconstituição foi importante para que o caso não seja esquecido. “Está sendo horrível voltar nesse lugar onde tudo aconteceu, mas acho que a
Justiça está sendo feita. Agora é esperar que as coisas aconteçam o mais rápido possível. Não é possível que uma pessoa que tenha todos os indícios que tenha sido o causador do crime esteja andando impune por aí. A minha filha não volta mais. Não quero que outras mães passem pelo que estou passando agora. Acho importante eu estar presente para que o caso não seja esquecido”, afirma Gláucia.
O advogado que defende o motorista, Luciano Santoro, esteve na simulação do acidente para acompanhar o caso. Segundo ele, o cliente não compareceu porque não foi intimado. Já a polícia não concedeu entrevista à imprensa.
Caso e mobilização
Ana Carolina Teixeira, de 21 anos, foi atropelada no dia 23 de setembro quando voltava do trabalho, por volta das 4h. Ela foi surpreendida por um veículo em alta velocidade na rua Governador Pedro de Toledo. O motorista que estava no carro não prestou socorro à vítima, que foi levada para a Santa Casa de Santos e passou por uma cirurgia por causa de um traumatismo craniano. A jovem permaneceu internada mais de uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital em coma induzido, até sofrer uma parada cardíaca e morrer.
Ana Carolina Teixeira, de 21 anos, foi atropelada no dia 23 de setembro quando voltava do trabalho, por volta das 4h. Ela foi surpreendida por um veículo em alta velocidade na rua Governador Pedro de Toledo. O motorista que estava no carro não prestou socorro à vítima, que foi levada para a Santa Casa de Santos e passou por uma cirurgia por causa de um traumatismo craniano. A jovem permaneceu internada mais de uma semana na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital em coma induzido, até sofrer uma parada cardíaca e morrer.
Na quarta-feira (26), dias depois do acidente, amigos de Ana Carolina se mobilizaram em uma rede social para conseguir doações de sangue. Apenas na quarta, 59 pessoas foram até o hospital doar sangue em nome dela. Em uma das mensagens colocadas na rede social, mais de 2 mil pessoas compartilharam a ação, e o número de doadores não parou de crescer. Segundo a Santa Casa de Santos, o acidente com a jovem mobilizou um número recorde de doadores na cidade. Foi o maior movimento dos últimos cinco anos no local.
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