Estudante tinha comprado o convite, mas acabou não indo na festa.
Gabriel Barros é de Santos e estuda medicina veterinária em Santa Maria
Um estudante de Santos, no litoral de São Paulo, escapou por um acaso do incêndio que atingiu uma boate e matou 231 pessoas na madrugada deste domingo (27) em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O jovem, que é estudante de medicina veterinária, chegou a comprar o ingresso para a festa mas, na última hora, desistiu de ir para o local. Os dois amigos que iam com o estudante morreram na tragédia.
Gabriel Barros dos Santos mora no sul do Brasil há cerca de três anos. Ele foi para o Rio Grande do Sul para realizar o sonho de fazer o curso de medicina veterinária na Universidade Federal de Santa Maria. Em entrevista ao G1, o jovem contou como ficou sabendo da tragédia e como está a situação em Santa Maria.
O estudante diz que tinha planos de ir à boate na noite do incêndio, já que vários amigos e conhecidos iriam para a festa, mas acabou resolvendo não ir. “Eu acabei encomendando o convite e não indo na hora. Acabei desistindo e eles foram. De madrugada, os meus amigos começaram a me ligar e mandar mensagem dizendo que a balada estava pegando fogo”, disse ele. A notícia chegou por amigos que conseguiram sobreviver à tragédia. Seis amigos dele estavam na boate no momento do incêndio. Dois deles, que estudavam com o jovem, morreram por asfixia.
O estudante diz que tinha planos de ir à boate na noite do incêndio, já que vários amigos e conhecidos iriam para a festa, mas acabou resolvendo não ir. “Eu acabei encomendando o convite e não indo na hora. Acabei desistindo e eles foram. De madrugada, os meus amigos começaram a me ligar e mandar mensagem dizendo que a balada estava pegando fogo”, disse ele. A notícia chegou por amigos que conseguiram sobreviver à tragédia. Seis amigos dele estavam na boate no momento do incêndio. Dois deles, que estudavam com o jovem, morreram por asfixia.
Ele também fala da reação que teve quando ficou sabendo da notícia. “No primeiro momento, eu pensei em ir lá, mas como estava tendo muito movimento e estava tudo fechado, interditado, eu só fui de manhã”, disse.Os sobreviventes, que passam bem, contaram a ele o que passaram dentro da boate. “Pelo que eu conversei, eles não entenderam o que estava acontecendo no local”, disse. O estudante fala que os amigos contaram à ele que começaram a correr e algumas pessoas chegaram a cair em cima deles. Mesmo assim, os jovens conseguiram sair pela porta da frente da boate. Na correria, algumas pessoas ficaram com queimaduras e precisaram ser transferidas para Porto Alegre. Outros precisaram ficar no hospital e receber oxigênio por causa da fumaça que inalaram. Segundo Gabriel, seus amigos sobreviventes passam bem.
O incêndio na boate alterou a vida dos moradores e da cidade de Santa Maria. “A cidade pelo que a gente vê está chocada, está de luto. Ainda vemos ambulâncias nas ruas levando as pessoas, transferindo para outros lugares”, conta Gabriel. Nesta segunda-feira (28), Gabriel irá no enterro de seus dois amigos que morreram na tragédia em Santa Maria.
Incêndio
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. A festa "Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de pedagogia, agronomia, medicina veterinária, zootecnia e dois cursos técnicos. Pelo menos 101 das vítimas identificadas eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, segundo informou a instituição em sua página na internet.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.
"Fatalidade"
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia. A direção do estabelecimento classificou o ocorrido como uma "fatalidade", afirmou que a empresa está em "situação regular" e à disposição das autoridades. A nota foi emitida pelo grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, que representa os proprietários da boate.
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia. A direção do estabelecimento classificou o ocorrido como uma "fatalidade", afirmou que a empresa está em "situação regular" e à disposição das autoridades. A nota foi emitida pelo grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, que representa os proprietários da boate.
0 comentários:
Postar um comentário